As pessoas geralmente se preocupam com o ar que respiram na rua, em meio a poluição dos carros e das indústrias. No entanto, são nos ambientes internos climatizados onde se apresentam os maiores perigos para a saúde.

Hoje, passamos a maior parte do nosso tempo em ambientes fechados, onde o mesmo ar circula e recircula, passando por sistemas de ar condicionado, como o modelo Split ou tubulações de ar condicionado central, e sendo compartilhado por várias pessoas.  A aglomeração destas pessoas, somada ao tempo prolongado que passam em um mesmo ambiente, facilita a transmissão de microrganismos dispersos no ar, como fungos, bactérias e ácaros. Esse fenômeno atingiu proporções tão significativas que a Organização Mundial da Saúde (OMS) o classificou como “Síndrome do Edifício Doente”.

 Um ambiente com ar climatizado é considerado doente quando 20% dos ocupantes de um prédio apresentam sintomas parecidos de: tosse, reações alérgicas e irritantes (espirro, coceira no nariz, coriza, obstrução nasal) ou infecções. 

A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determinou a aplicação do exame de “Qualidade do Ar Interior” em ambientes climatizados que são utilizados de forma coletiva. A legislação aplicável é a lei nº 13.589 e a norma ABNT NBR 17037/2023.

Periodicidade: no mínimo semestral

Objetivo: Determinar a pesquisa de legionella  em amostras de água nos sistemas de ar condicionado.

Bactérias do gênero Legionella são reconhecidas como importante agente causador da doença do trato respiratório, conhecida como doença do Legionário, a qual se caracteriza por pneumonia aguda. Este é resultado do crescimento de Legionella em torres de resfriamento e sistemas de ar condicionado. A bactéria é capaz de sobreviver em pequenas gotas de água suficiente para chegar no interior do pulmão.

• Leia a Resolução - RE nº 09 - Anvisa (arquivo em PDF)
• O que diz o Plano de Manutenção, Operação e Controle de Climatização -  PMOC - Lei nº 13.589